sábado, 12 de junho de 2010

A Educação, pode mudar vidas de “ Marias” e “ “Josés”!


A educação está presente nos mais variados espaços de convívio social hoje, porque inúmeros eventos e conflitos empreendidos pela população não formal ocorreram , para que a educação fosse algo para todos e não somente para as elites. A escola não é um sistema isolado, independente. É uma peça da engrenagem maior, a sociedade.



A Educação escolar no Brasil vem passando ao longo das últimas décadas por muitas transformações significativas, mas antes disto tínhamos um sistema de ensino muito “dualista”, onde estavam presentes dois tipos de formação, uma delas voltada para a formação comum dos cidadãos e outra voltada para a formação das elites da época. Depois de muitas reivindicações populares a educação vem transformando-se gradativamente, num sistema de ensino aberto a todos. Essas mudanças só foram possíveis graças às transformações da nova sociedade brasileira na economia, no mercado de trabalho e na cultura.
O filme de Mário Ramos “ Vida Maria”, nos mostra em uma forma de animação bem elaborada e criativa, o ciclo de vida de muitos nordestinos, cuja a educação tornou-se a última opção de escolha, pois à miséria em que vivem, os impedem de sonhar, de lutar por uma vida melhor. E essa “situação se perpetua de geração a geração, de “Marias” para “ Marias”, de “ Josés” para “ Josés”, onde a sobrevivência depende do trabalho de toda a família, inclusive das crianças. Essa não é somente a realidade dos nordestinos, mas sim de muitas crianças brasileiras, que desde cedo a educação lhes é vedada.
É fato consciente que o lugar da criança é na escola, mas será que esses pais tem noção que esse é um dos direitos das crianças, conforme nos informa o Estatuto da Criança e do Adolescente? No Art. 4º , “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
Grande parte da nossa sociedade tem deixado de se preocupar em formar jovens criadores de idéias, empreendedores, que sejam capazes de realizar os seus sonhos e enfrentar os obstáculos que possam surgir para destruí-los. O que nós, como pais estamos oferecendo como diferencial para nossos filhos? Que história positiva estamos deixando para nossos filhos?
Com certeza não existem receitas, nem soluções simplistas ou mágicas para a mudança desse triste quadro que tem acompanhado a sociedade brasileira ao longo da sua história. Devemos valorizar mais à educação dos alunos oriundos das classes menos favorecidas, pretendendo dar-lhes uma visão crítica da sociedade vigente e também uma formação tão esmerada quanto é oferecida aos das classes mais abastadas, podendo assim competir em pé de igualdade pelas oportunidades que a vida oferece. Pois a educação é o instrumento mais eficaz para prevenir a intolerância do nosso quotidiano, ela pode mudar vidas. E isto começa na educação que os pais dão aos seus filhos, precisamos saber desde pequenos que devemos ser tolerantes, para compreendermos que todos nós temos direitos iguais e que devemos respeitar a diversidade humana.
“Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias”. (Augusto Cury,2003:55)




Referências Bibliográficas:

CURY,Augusto Jorge.Pais brilhantes e Professores fascinantes. Rio de Janeiro:Editora Sextante,2003.
PORTAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES. Disponível em: http://www.direitosdacrianca.org.br. Acesso em: 27 de maio de 2010.

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